quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Armas milionárias



Humanidade racional.
Os prédios sobem
porque ao lado
ja tem dono
territorialismo
pior que o instinto animal.

Difamaremos
até o que
não vamos ver

A corja
bela e pura
pinta os fracos de feição.

Estranho seria
se não tivéssemos olhos
para que
o controle da mente
ficasse sem direção
sem mãos
pra segurar
as armas
milionárias, guerrilheiras
festejam a tiros
a redução
da população
cansaço, rotina
mal pagam o sustento
mas...
Se fosse
pra derramar sangue
ja estaríamos promovidos

Se fosse
um banho de sangue
ja estaríamos promovidos!

Vão estudar
e projetar
uma destruição em massa
pra que prevaleçam
os "puros da raça".

E nosso lugar?
cade meu lugar?
Não vai ser nem
ao lado das baratas!

Mínimo salário
pro máximo esforço
vive pro trabalho?
ou trabalhas pra viver?

De tão velho que está
sem dentes pra mastigar
a jornada registrada
vai pagar
a maca hospitalar.

  

sábado, 5 de dezembro de 2015

A quem doer?


Quem dirá
que a pedra de tropeço
foi a mesma arremessada?

O dedo apontado
empurra abismo abaixo
aquele que acusa
com seus erros revelados.

Novas noções
visão de certo e errado
virou papo igrejado.

Viva a liberdade, expressão
da cabeça aprisionada
agora impressionada
pronta pra escandalizar!

Respeito prostituto
vendido para o mundo
pra chamar atenção
indenizar é o quinhão!

Ah
já posso ver
imagens diferentes
sem aceitação
afeição
vaidade na cara
e dinheiro na mão.

Paga toda essa luxuria
no descanso merecido
empina o rabo na tela
e não será esquecido!

Se o povo quer
então toma!

Educação escrota
na base da desonra

Apresentaram
com alegria
o novo cientista mirim
na hora de festejar
o mandaram rebolar!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Deus Dará.



Salve-se quem puder
mastigue lentamente
as idéias que lhes vem
porque o mundo
traga
engole
não poupa ninguém!

Os iguais se diferem
pela originalidade
copiando cada pedaço
que influencia seus passos
o que influencia seus passos?

Grandiosa hibridez
embriagada
com todo tipo
de cultura engarrafada
na estante, fé
modelado artesanato 
da salvação
do cofre de barro
ao milagre
com o controle na mão.

Esperando um canal pra salvar
algo vago pra informar!
Bocas gritam
falam
sussurram
mesmo sem ter nada pra comentar!

Não sou eu
quem vai dar conta
às almas podres
deste mundo
posso infectá-las
com o mal
que habita em mim!

A mentira
materializada
em vantagem

Joelhos dobrados
preces e barganhas
caminham lado a lado!

A força espiritual
realiza desejos gentis!

E ainda dizem
Deus dará, e dá!
Mas um dia
acorda
e não tem
nem o que pensar.

Latró



Não é preciso
força pra tirar a vida
um clique na mente
sem dor nas feridas.

O preço caro
de não ter
nada a perder
ou oferecer.
somente deixar na terra
alguém lastimando por você.

Melhor se pudesse ficar
vagar
padecer.

O preço da sua cova
pagamos com a sobra
o prato principal!

Grande o exemplo
do que não seguir
legado manchado
por muitas vezes algemado.

Seus inimigos
nem sabem seu nome
apenas a imagem
de um merda de homem.

Que não foi
atrás do seu
cobiças e roubas dos outros
morreu!

O testamento
manchado de maldade
herança de sangue
e gritos na cidade

Gritaram la dos portão
a imagem do cão
estirada no chão!

Na cara



Foi declarado
o inferno na terra
as pernas carregam
o corpo com fome
com dores
com náuseas
vomitar o que?
melhor se virar do avesso
e morrer!

Desigualdade reclamada
por quem se acha desigual
até parece proposital!

Fazer a diferença
se escondendo atrás de cor
Julgado o racista
pobre sofredor

Dinheiro?
virou vendaval
estatal
muita conversa mal
sabemos que o pior
ainda esta por vir
e é pra sorrir
o samba aplaudir
e se a casa cair
ninguém vai assumir!

Pedágio pra guilhotina.



Fio d' água
tenta cortar a garganta
e furar a pele.

Me vejo em um
congestionamento
de pensamentos
breves ações
ao que deve ser...
ser dito
feito
deve ser...

Não leio mentes
através das luzes
aguardo o sinal
apto a movimentos.

Porque sua pressa
é tão preciosa
e nossas vidas
não tem valor?

De punhos fechados
me jogo adiante
garantindo quase o total
chegarmos intactos.

Até lá
gritaremos em silencio
repelindo
os algozes culposos,

Orando
pra que até a chuva
poupe-nos a cabeça.